domingo, 14 de junho de 2020

A variabilidade de movimento, como isso vai me fazer machucar menos?


Já parou para pensar por que às vezes, em um movimento simples do dia a dia, a gente se machuca? Esses dias uma aluna me contou que o marido dela travou as costas simplesmente colocando as calças logo pela manhã... que situação chata, né? Provavelmente você já passou por alguma situação similar também.

A modernidade nos trouxe uma série de facilidades tecnológicas que tornaram as nossas vidas muito mais práticas, só que isso trouxe junto um outro problema, e dos bem grandes... o SEDENTARISMO!
É sabido que sedentarismo traz uma série de problemas para a saúde como obesidade, aumento da pressão arterial, aumenta o risco de vários tipos de câncer entre outras doenças.  Resumindo, o sedentarismo potencializa os riscos de mortalidade.

Além desses problemas fisiológicos, o sedentarismo também está afetando a forma como o nosso corpo se movimenta. Nossa sociedade vem se movimentando cada vez menos! E o que isso tem a ver com a história do marido da aluna que travou as costas colocando as calças? TUDO!

Uma frase que eu escutei recentemente explica muito bem essa relação do corpo: “Se você não usa algo, você perde esse algo”. Aplicando essa ideia ao caso do marido da aluna, quanto menos você se movimenta, mais da capacidade de se movimentar você perde. Quando perdemos parte dessa capacidade de movimento, menos situações diferentes o seu corpo vai saber resolver e, com isso, as chances de se machucar com coisas simples aumentam.

Um físico chamado Latash, especialista em neurociência do movimento, fala muito sobre algo chamado “Variabilidade abundante e positiva”. Esse conceito, em resumo, se refere a quantas situações diferentes o seu corpo sabe resolver com eficiência. Lembra que eu falei no primeiro texto que o movimento emerge da relação entre indivíduo, ambiente e tarefa? Pois é, nosso corpo recebe diversas informações diferentes ao mesmo tempo, e quanto maior for o repertório de “soluções” que ele encontrar, menor vai ser o risco de sobrecarregar certas estruturas anatômicas, e com isso vir a se machucar.
É exatamente isso que pensamos quando falamos em programas tridimensionais de exercícios. Apresentar ao corpo, vivenciar e fortalecer as mais diversas formas de movimento confere ao corpo uma maior “variabilidade de movimento”, com o intuito de aumentar esse repertório de soluções diferente, e com isso proteger mais o seu corpo contra as lesões.
No próximo texto vamos explicar como funciona uma aula tridimensional ou 3D training.

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