Já parou para pensar por que às
vezes, em um movimento simples do dia a dia, a gente se machuca? Esses dias uma
aluna me contou que o marido dela travou as costas simplesmente colocando as
calças logo pela manhã... que situação chata, né? Provavelmente você já passou
por alguma situação similar também.
A modernidade nos trouxe uma
série de facilidades tecnológicas que tornaram as nossas vidas muito mais
práticas, só que isso trouxe junto um outro problema, e dos bem grandes... o
SEDENTARISMO!
É sabido que sedentarismo traz
uma série de problemas para a saúde como obesidade, aumento da pressão
arterial, aumenta o risco de vários tipos de câncer entre outras doenças. Resumindo, o sedentarismo potencializa os
riscos de mortalidade.
Além desses problemas
fisiológicos, o sedentarismo também está afetando a forma como o nosso corpo se
movimenta. Nossa sociedade vem se movimentando cada vez menos! E o que isso tem
a ver com a história do marido da aluna que travou as costas colocando as calças?
TUDO!
Uma frase que eu escutei
recentemente explica muito bem essa relação do corpo: “Se você não usa algo,
você perde esse algo”. Aplicando essa ideia ao caso do marido da aluna, quanto
menos você se movimenta, mais da capacidade de se movimentar você perde. Quando
perdemos parte dessa capacidade de movimento, menos situações diferentes o seu
corpo vai saber resolver e, com isso, as chances de se machucar com coisas
simples aumentam.
Um físico chamado Latash,
especialista em neurociência do movimento, fala muito sobre algo chamado “Variabilidade
abundante e positiva”. Esse conceito, em resumo, se refere a quantas situações
diferentes o seu corpo sabe resolver com eficiência. Lembra que eu falei no
primeiro texto que o movimento emerge da relação entre indivíduo, ambiente e
tarefa? Pois é, nosso corpo recebe diversas informações diferentes ao mesmo
tempo, e quanto maior for o repertório de “soluções” que ele encontrar, menor
vai ser o risco de sobrecarregar certas estruturas anatômicas, e com isso vir a
se machucar.
É exatamente isso que pensamos
quando falamos em programas tridimensionais de exercícios. Apresentar ao corpo,
vivenciar e fortalecer as mais diversas formas de movimento confere ao corpo
uma maior “variabilidade de movimento”, com o intuito de aumentar esse
repertório de soluções diferente, e com isso proteger mais o seu corpo contra
as lesões.
No próximo texto vamos explicar
como funciona uma aula tridimensional ou 3D training.
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